Talvez numa primeira abordagem todos nós respondamos:
“Objectiva! Ora se assim não fosse cada um faria a sua própria verdade. A verdade é única e factual. Como poderíamos ser justos e fazer julgamentos ? Seria um caos”.
Tem a sua lógica. Mas a verdade é precisamente o contrário.
Já Descartes dizia que a única certeza que podíamos ter é que existíamos (“cogito, ergo sum”).
A verdade não só não é objectiva como não é imutável. É relativa, subjectiva, momentânea e evolutiva.
A realidade absoluta só pode ser apreendida pelos nossos sentidos que são limitados e também pela nossa percepção que é composta pelo nosso sistema cognitivo. E o nosso sistema cognitivo é composto pelas nossas vivências, experiências, cultura.
Logo aquilo que tenho como verdade para mim não é mais que um modelo cognitivo relativizado à minha individualidade. Que por mais que se queira sair dela, é impossível.
A verdade… cada um tem a sua.