O homem que não queria amar

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Era uma vez um homem que foi educado para não se guiar por emoções ou sentimentos. No fundo eles distraem-nos muitas vezes do nosso foco. Fazem-nos perder o controlo muitas vezes. Mas tudo o que fazemos precisa também duma certa dose de emoção. Ela é determinante no sucesso de tudo.
Esse homem era racional e pensava demasiado antes de fazer o quer que seja. Dava passos seguros e tudo o resto eram “mariquices”. E assim viveu bem durante muito tempo atingindo alguns dos seus objectivos mesmo que não fosse realizado a 100%.
Certo dia, cansado do controlo em tudo o que fazia e decisões que tomava, seduzido, reagiu a estímulos externos. Pela primeira vez, sentiu-se livre. Ou pensava que se sentia livre. Ou talvez por breves momentos estivesse mesmo livre.
Na verdade sem saber estava-se a prender a algo mais forte que ele.
Os sentimentos que sentia se apoderavam dele como correntes. Sem saber processar esses sentimentos e perceber que o não estavam a libertar, destruía-se acreditando nessa liberdade, conforto externo e palavras vãs que recebia.
Quando já era demasiado tarde, tendo alguns rasgos de lucidez, soube que teria ser radical. Teria que cortar quanto antes com tudo o que alimentasse essas correntes.
Não as alimentando iriam lentamente, muito lentamente, muito muito lentamente enferrujar e voltar a ser livre.
Porque a virtude está sempre no equilíbrio. Ora antes caminhava num extremo da estrada, ora cansado tinha dado uma guinada para o extremo oposto.
Agora ele lutava para voltar para o caminho certo… não para o antigo. Bastava de galgar passeio atropelando pessoas e pior de tudo ferindo-se constantemente.

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Sobre Mim

Hello. Sou Jorge Reis.

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Gosto de coisas simples. Desde 1997, o meu site já teve um pouco de tudo. Sendo sempre o eco do que me vai na alma. Por isso eu sou um pouco de todo o seu conteúdo.
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