Por vezes pequenas decisões que tomamos dão origem a reviravoltas gigantescas nas nossas vidas.
E algo inesperado e simbólico despoletou um novo ciclo na minha: ir morar sozinho.
Não é algo que eu já tivesse pensado há muito tempo, mas que por uma razão ou por outra (ainda para mais com o agravamento económico que nos afecta a todos) a coisa foi-se adiando.
Mas finalmente, um novo ciclo começou.
Chave na mão e aí vou eu todo lambão.
1º As limpezas a uma casa que já foi habitada podem demorar mais que um dia. Principalmente a cozinha. Parece que existem cantos e recantos que nunca foram limpos desde que uma casa foi construida.
2º Quando se sentem falta das coisas, aí se vê a quantidade de coisas e coisinhas que são precisas comprar. Desde coisas grandes como móveis (sofá por exemplo que nunca pensei me fazer tanta falta), até coisas pequeninas como um recipiente para o açucar.
3º Ser picuinhas e perfecionista como sou é doloroso. Sou do tipo de pessoa que acha que são os pormenores que fazem o produto final e isso resulta por vezes numa batalha sem fim e dificulta decisões.
Viver sozinho é uma nova experiência. Mas não tou sozinho. Aliás as primeiras inquilinas (antes mesmo de mim), foram as minhas guitarras. E acredito que talvez volte a dedicar-me mais a elas.
É verdade que vivemos tempos difíceis mas com um pouco de vontade consegue-se mudar sem muitos custos.
Sites como o OLX são muito úteis. É como diz a música olx "É pró menino e prá menina" (tema celebrizado por Lena d’Água), pode-se comprar de tudo por preços muito em conta e coisas até em muito bom estado.
Esta campanha do OLX, em que com um simples toque convertermos todo o tipo de objectos que temos em casa em dinheiro, é um exemplo como deveríamos olhar para as coisas e não comprar por comprar, só para dizer que é novo, ou seguir o instinto consumista que temos dentro de nós.
Aliás, foi através de um classificado no OLX, que comprei recentemente um Mac, em que a única diferença de comprar na loja foi o preço.
E assim, mesmo que se esteja numa casa alugada e se queira futuramente mudar, o processo pode repetir-se e vender certas coisas que não nos fazem muita falta.
O importante é não arranjar desculpas para deixarmos de viver e pormos a nossa vida em “pause”. É procurarmos soluções e não lamúrias.
É encontrarmo-nos a nós próprios para que os outros nos encontrem a nós.